domingo, março 26, 2006


Não é sexta-feira, mas...


Sou tua cúmplice,
confessa e assumida
na homogeneidade deliciosa
que se faz entre nossos corpos...
Perco a coerência,
Desnudo-me,
revelo-te,
reconheço-te,
sabedoria milenar:
tu és meu desbravador,
meu segredo na ponta dos dedos.
Na densidade da nossa energia corporal
que se desprende incontrolável,
e que trocamos por aderência
é uma necessidade absurda de saciedade,
explodindo em murmúrios,
nas mãos entrelaçadas,
os dedos exploratórios,
nos olhares absorvidos,
em sincronia sinfônica...
a dançar harmônica em um delirante vai e vém!

DESNORTEAR

Desbrava minhas entranhas
numa doce efervescência de prazer
causa-me igual excitação que te desperto
transforma a noite em um incêndio
faz da nossa paixão combustão espontânea
numa euforia de desejos...
Todos os meus meandros
estes descaminhos do meu corpo
onde tu se desnorteia pelo meu desejo
latente,
quente,
ardente,
como brasa,
em chamas baixas,
Crescendo em progressão geométrica
na volúpia das tuas mãos,
ao teu querer arrancar minha roupa,
fazendo de tudo um calor intenso,
apocalíptico, sem eufemismos.
na ebulição do teu sangue
um perigo iminente,
que se despeja em beijos
que se prolonga em seduções,
sem fragilidade
pura vontade
Paixão,
Tesão,
Amor!

3 comentários:

Anónimo disse...

Curvo-me perante o Poeta!!
Dois belos poemas que falam de amor, de desejo e de paixão.
Simplesmente maravilhosos!!
Um beijinhooooo

Silêncios disse...

Ficou um calor, por aqui...!!
Beijo para ti

Anónimo disse...

Gostei belas palavras, continua
jinhos